15 DE OUTUBRO – DIA DO MESTRE: A CF SVM PARABENIZA A TODOS OS MESTRES RELEMBRANDO UM POUCO DA HISTÓRIA DO GRANDE PENSADOR BRASILEIRO, O MESTRE PAULO FREIRE
Nesta data especial a CF SVM
parabeniza a todos os educadores, em especial aos educadores de nossos
parceiros: EM Estados
Unidos , EM Catumbi, EM Santa Catarina , EDI
Lily Marinho e Creche Municipal Brincadeiras de Criança. Para homenagear aos
mestres, trazemos um pouco da história do mais celebre educador brasileiro,
Paulo Reglus Neves Freire.
A reportagem completa você pode ler no site da Revista Nova Escola
Paulo Freire (1921 – 1997) defendia que o objetivo da escola deve ser ensinar o aluno a “ler o mudo” para poder transforma-lo. O objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala
de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o
ensino oferecido pela ampla maioria
das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de
educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita
conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é
visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire,
de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha
para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente
reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a
criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola
conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que
defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Aprendizado conjunto
Freire criticava a idéia de
que ensinar é transmitir saber, porque para ele a missão do professor era
possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da
concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as
condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel
diretivo e informativo - portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade.
Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os
alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que
ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas.
"Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso
implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou
não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do
professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e
para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas,
garantindo a todos a possibilidade de se expressar. "Uma das grandes
inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural
não é individual, mas coletivo", diz José Eustáquio Romão, diretor do
Instituto Paulo Freire, em
São Paulo.
Biografia
Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Suas idéias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos - em particular o uso da linguagem - e do papel elitista da escola. Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.Quer saber mais?
- Pedagogia da Esperança - Um Reencontro com a Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 254 págs., Ed. Paz e Terra.
- Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 218 págs., Ed. Paz e Terra,
- Visite o site: www.paulofreire.org
- Frases e pensamentos de Paulo Freire aqui
- Assista ao vídeo:
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