Conheça esta História
A história de Anita Cardoso de 86 anos é contada pela sua ACS Priscila Ferreira.
Postado por CLÍNICA DA FAMÍLIA SÉRGIO VIEIRA DE MELLO
Mudas plantadas, cartazes afixados, estetoscópio no pescoço,
receituário no bolso do branco jaleco, médico na área fazendo visita domiciliar
com um indivíduo de colete cinza, velho conhecido da comunidade, acenando e
tocando as campainhas ou batendo à porta. A típica cena de um atendimento de
saúde com qualidade, torna-se realidade do dia à dia no bairro do Catumbi, sem mais surpreender seus moradores. Após o acabamento das obras para a
inauguração da clínica em 20 de Outubro de 2011, e os agentes de saúde
colocados em suas devidas áreas de atuação as coisas vão acontecendo, doentes
sendo sarados, idosos sendo tratados, crianças, gestantes e bebês.
E com esse atendimento de primeiro mundo as histórias vão
aparecendo aos poucos. Problemas, antes omissos, são sanados e tudo graças ao
espírito de equipe que as equipes juntas estão sempre buscando. Pra estrear a nossa
seção aqui no blog, trouxemos a história da ACS Priscila Ferreira que de muito
bom grado colaborou com uma de suas diversas experiências nestes anos de
atuação como Agente Comunitária de Saúde.
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Priscila Ferreira é Agente Comunitária de Saúde há 08 anos. |
Na ocasião, o dentista levou a Técnica de Saúde Bucal e a Auxiliar
de Saúde Bucal que auxiliavam no procedimento todo o tempo. O caso foi descoberto
por mim ao cadastrá-la e providenciei o acompanhamento. Eu chego a fazer visita
domiciliar à família de Dona Anita mais de três vezes por semana. Hoje em dia
ela tem uma qualidade de vida melhor do que muitas famílias que não tem esse
tipo de acompanhamento. Saber que sou intermediária nesse processo me torna
muito feliz!”, comemora Priscila.
Anita Cardoso dos Santos de 86 anos. Exemplo de qualidade e excelência do atendimento da Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello.
ACS Priscila Ferreira
priscila.f.batista@hotmail.com
priscila.f.batista@hotmail.com
Gestão
O Departamento de Atenção Básica (DAB), estrutura vinculada
à Secretaria de Atenção à Saúde, no Ministério da Saúde, tem a missão
institucional de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do
SUS. A execução dessa política é compartilhada por estados, Distrito Federal e
municípios. Ao DAB cabe, ainda, desenvolver mecanismos de controle e avaliação,
prestar cooperação técnica a estas instâncias de gestão na implementação e
organização da estratégia Saúde da Família e ações de atendimento básico como o
de Saúde Bucal, de Diabetes e Hipertensão, de Alimentação e Nutrição, de Gestão
e Estratégia e de Avaliação e Acompanhamento.
Saúde da Família
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de
reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são
responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas
em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da
saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais
freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo
acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a
necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção
básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do
SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no
Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de
gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994,
apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa
estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a
real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos
municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos
indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida.
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas
municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de
reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização
dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos
principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da
família.
Equipes de Saúde
O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave
para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos
entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do Agente
Comunitário de Saúde. As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de
família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de
saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de
consultório dentário e um técnico em higiene dental.
Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no
máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma
determinada área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde.
A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas
residências e na mobilização da comunidade, caracterizando-se: como porta de
entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter
território definido, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade;
por intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; por
prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades
de educação e promoção da saúde.
E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de
co-responsabilidade com a população; por estimular a organização das
comunidades para exercer o controle social das ações e serviços de saúde; por
utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a tomada de decisões;
por atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com
diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a intervir em situações
que transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos determinantes
sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade.
Agentes Comunitários de Saúde
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje
considerado parte da Saúde da Família. Nos municípios onde há somente o PACS,
este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde da Família. No
PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas
por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de saúde.
Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em
duas situações distintas em relação à rede do SUS: a) ligados a uma unidade
básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da Família;e b) ligados
a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe
multiprofissional. Atualmente, encontram-se em atividade no país 204 mil ACS,
estando presentes tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em
municípios altamente urbanizados e industrializados.
Valorização Profissional
O Ministério da Saúde reconhece e valoriza a formação dos
trabalhadores como um componente para o processo de qualificação da força de
trabalho no sentido de contribuir decisivamente para a efetivação da política
nacional de saúde. Essa concepção da formação busca caracterizar a necessidade
de elevação da escolaridade e dos perfis de desempenho profissional para
possibilitar o aumento da autonomia intelectual dos trabalhadores, domínio do
conhecimento técnico-científico, capacidade de gerenciar tempo e espaço de trabalho,
de exercitar a criatividade, de interagir com os usuários dos serviços, de ter
consciência da qualidade e das implicações éticas de seu trabalho.
Desafios Institucionais
Como desafios institucionais para expandir e qualificar a
atenção básica no contexto brasileiro destaca-se:
1 - a expansão e estruturação de uma rede unidades básicas
de saúde que permitam a atuação das equipes na proposta da saúde da família;
2 - a contínua revisão dos processos de trabalho das equipes
de saúde da família com reforço as estruturas gerenciais nos municípios e
estados;
3 - a elaboração de protocolos assistenciais integrados
(promoção, prevenção, recuperação e reabilitação) dirigidos aos problemas mais
freqüentes do estado de saúde da população, com indicação da continuidade da
atenção, sob a lógica da regionalização, flexíveis em função dos contextos
estaduais, municipais e locais;
4 - ações que visem o fortalecimento das estruturas
gerenciais nos municípios e estados com vistas a: programação da atenção
básica, supervisão das equipes, supervisão dos municípios, supervisão regional,
uso das informações para a tomada de decisão;
5 - revisão dos processos de formação. educação em saúde com
ênfase na educação permanente das equipes, coordenações e gestores;
6 - a definição de mecanismos de financiamento que
contribuam para a redução das desigualdades regionais e para uma melhor
proporcionalidade entre os três níveis de atenção;
7 - a institucionalização de processos de acompanhamento,
monitoramento e avaliação da atenção básica;
8 - ações articuladas com as instituições formadoras para
promover mudanças na graduação e pós-graduação dos profissionais de saúde, de
modo a responder aos desafios postos pela expansão e qualificação da atenção
básica, incluindo aí a articulação com os demais níveis de atenção.
Desempenho
- Modelo de Atenção à Saúde do Brasil é referência
internacional.
- Estratégia Saúde da Família como desenhada no caso
Brasileiro é destaque e modelo para outros países.
- Atenção Básica em Saúde é a pauta política dos gestores
públicos.
- A estratégia Saúde da Família está consolidada nos
municípios brasileiros.
- Estudos acadêmicos em curso demonstram que a Saúde da
Família no período de 1992 a 2002 apresenta indicadores animadores como a
redução da mortalidade infantil.
- Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria
com a Universidade de São Paulo e Universidade de Nova York, demonstra que a
cada 10% de aumento de cobertura o índice de mortalidade infantil cai em 4,6%.
- Aumento da satisfação dos usuários quanto ao atendimento
recebido resultado das mudanças das práticas das equipes de saúde.
Responsabilidades das Esferas Gestoras em Atenção Básica
Federal
- Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção
básica;
- Co-financiar o sistema de atenção básica;
- Ordenar a formação de recursos humanos;
- Propor mecanismos para a programação, controle, regulação
e avaliação da atenção básica;
- Manter as bases de dados nacionais.
Estadual
- Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção
básica em seu território;
- Regular as relações inter-municipais;
- Coordenar a execução das políticas de qualificação de
recursos humanos em seu território;
- Co-financiar as ações de atenção básica;
- Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da
atenção basica em seu território.
Municipal
- Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu
território;
- Contratualizar o trabalho em atenção básica;
- Manter a rede de unidades básicas de saúde em
funcionamento (gestão e gerência);
- Co-financiar as ações de atenção básica;
- Alimentar os sistemas de informação;
- Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua
supervisão.